Prático, duradouro e estável, de fácil limpeza isento de
manutenção o azulejo tornou-se solução de revestimento parietal, mormente de
fachada. Colorindo e estigmatizando com seus padrões ornamentais o entorno
paisagístico de cidades do vasto império colonial, representando a cultura ocidental e sua história na
Ásia, Oriente,África e América.
O percurso da cêramica no mundo ocidental poderia ser traçado a grosso modo, pela inflência cultural que prisioneiros chineses exerceram sobre árabes , da dinastia abássida, quando da vitória destes , no séc. VII contra exércitos chineses que haviam invadido a região persa do rio Oxo. Entre outras técnicas artísticas difundidas pelos chineses no vale da mesopotâmia, a cerâmica , teve forte aceitação e expansão pelo mundo árabe, e calífas e príncipes requisitavam-na aos mercadores do golfo pérsico, e da rota da seda, e o incentivo a sua produção e pesquisa criou a cerâmica árabe, que se no seu início tinha forte influência estética do oriente, pouco a pouco encontrou estética e linguagem adequadas aos valores muçulmanos. A porcelana permanecia em segredo mas os oleiros mesopotâmios desenvolveram cerâmica de alta qualidade.
Herança que a cultura islâmica deixou na Península Ibérica depois da Reconquista o azulejo tornou-se em Portugal um veículo nacional de expressão artística. Ornamental, decorativa, figurativa, a pintura em azulejo serviu, sobretudo à expressão narrativa de representações históricas, constituindo monumentais testemunhos pictóricos da vida nacional.